terça-feira, 25 de agosto de 2009
o tudo e o tudo novo .
deixara tudo. cansara-se da sua vida passada que ainda habitava sua alma. resolvera mudar. livrar-se da mesquinhês da rotina. pensara e repensara sobre quem era seu-eu. e chegara a conclusão de que era nada. por mais que o esforço fosse grande, não lhe era importante nada que habitava sua existência. amar?! era tão relativo. ao mesmo tempo que amava muitas coisas e tinha muitos amigos, não sabia exatamente se um dia realmente chegara a amar de verdade. sempre fora tão correto, mesmo sem saber direito o por quê. agora tudo lhe parecia tão precário. sua vida fora tão alternativa, que fora para ser vivida em um mundo alternativo. discorrer sobre seu estilo em um mundo desestilisado era o mesmo que tentar mudar o mundo apenas confiando na força governamental. ilusão. tudo era ilusório. as visões que lhe olhavam eram tão anuviadas que não conseguia enxergar direito. mudar! novamente, mas não de novo. jogar-se em um novo momento. livrar-se da superinformação, do correto, do seu próprio senso comum. o seu "clichê-alternativo". olhou para a mesa. ali estava sua foto, ao lado dos velhos amigos. o que será que pensavam ali? será que realmente tivera amigos? aonde eles estão agora? covardes... há alguns anos me chamavam de irmão. olhou para trás, a cama desarrumada e as velhices no chão. mas tudo bem, ele não iria mais delas precisar. renunciara toda a velha vida para um novo mundo.
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