segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ande.

se chorares de emoção.
eu secarei tuas lágrimas,
daí, do teu coração.
de ti eu não abro mão.

é tão complicado
estar distante de ti.
mesmo que tão simples
o grande amor daqui.

eu te prometo,
em mais pura sinceridade.
que nossos sonhos se encontrarão,
que, de fato, acontecerão.

tudo terá sentido.
farei impossível pra nada em vão.
e, entre lágrimas de emoção,
que fique pra sempre no meu coração.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

café.

uma chícara de café
com sabor de você.
continuar de pé
sem tentar te esquecer.

eu lembro que pedias
para mim sobre querer.
vale dizer que é você?
poderias me trazer?

nas nossas tardes juntos,
que nunca aconteceram.
os faróis que eram teus olhos,
me olharam e me perderam.

e eu fiquei aqui,
gole a gole dessa negra vida.
fazendo versos desse amor,
paixão que não será esquecida.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

yin

cê vem e volta sem sim e sem não.
aparece e da minha alma torna-se pão.

mostra pra mim o que é belo,
o gosto, desgosto e sincero,
se torna de vez em sempre prazer.

a estação é imaginar-te a mim.
me pedes que em sonho imagine assim
suplica para dos olhos esquecer fechados.

ah, de olhos fechados eu morreria,
e morreria sorrindo, pois de amor eu iria.
chegaria ao céu dos teus olhos, em tua via.

cê diz que tem medo
e que rouba todo meu tempo.
pois roube também coração,
meus beijos, abraços, nos faça poesia.

me ama e completa,
que, bailarina, eu te poeto.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

tempo.

se eu te encanto,
é porque num canto de minha vida cantei a sua.
e se meus versos te fazem chorar,
as minhas lágrimas foram o papel do meu falar.

de tremulas, as mãos suavam
e o suor escorria dos olhos.
poetava a vida e encantava os outros,
e dentro dos olhos ninguem poderia enxergar.

e as mensagens continuam.
e o sentido do sentir
sente-se acostumado a me dar
sentido pra viver.

exala o teu perfume
e perfuma o meu jardim.
trago seu carinho
e trago em minha boca o desejo sem fim.

tempo de encantar.
tempo de renascer.
tempo de esperar.
tempo de viver.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

meus versos (tão) clichês.

e se o sono não vier,
é por querer te ver sorrir dormindo.
passar um café e te surpreender,
quando acordar, com o teu doce favorito.

travestir no clichê dessa canção
todo o carinho, e gratidão.
mesmo que aí, te sinto aqui,
você nos meus braços, e eu na sua mão.

um minuto, dois dias, três semanas,
poderia passar muito mais nesse momento.
poderia segurar firme na tua mão
para voarmos ao sabor do vento.

e essa coisa de não conseguir explicação?
pois bem, quem quer saber o que acontece?
pra mim, o vento canta uma canção,
e pra nós, toda noite se amanhece.

e quando a gente passa, mãos entrelaçadas,
as folhas caem ao chão, como que fizessem passarela.
as estrelas sorriem lá do alto, engraçadas,
lágrimas pra eu chorar no ombro dela.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

amanhecer.

o sol vem mostrando suas faces.
e eu continuo aqui, sonhando em te abraçar.
o sol vai roubando o moreno da noite,
e nada me acalma, nada me faz descansar.

a madrugada inteira em claro,
pensando no que eu poderia fazer.
o inverso do dia é escuro,
pois não há o que lhe dizer.

os pássaros cantam, palavras tão bonitas.
o azul vai clareando o negro de outrora,
seria tudo tão perfeito, se fosse do teu lado.
seria tudo tão bonito, se fosse acompanhado.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

impressão.

acordei lembrando de nós dois,
inconstante sina de amar.
os nós que nos prendem, o nó na garganta,
o sentido de ser retido no estar.

mil e um acordes, apenas um significado.
tantas palavras colorindo o nosso estado.
nenhuma delas parece agora ter funcionado.
parece que não surtiram o efeito esperado.

não é minha intenção te fazer chorar,
não quero que minhas palavras te façam desamar.
mas preciso te lembrar o quanto eu me esforcei,
preciso de contar do amor que eu te jurei.

eu sei que foi sincero tudo o que passou.
eu sei que também pensou bastante em nós.
por isso te agradeço o que me revelou,
apesar de me parecer que o que falo é tão atroz.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

uma pequena verdade.

eu sinto a tua falta.
de tudo que costumamos fazer,
de tudo que gostamos de dizer,
de tudo que podemos ser.
nos meus sonhos,
no meu coração.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

pra onde eu vou te levar.

depois de tanto tempo que nos conhecemos,
tudo volta a ser como era antes.
por meses e séculos inteiros eu esperei pelo beijo
e agora foges de mim fechando o teu coração. parece que não mereço.

mas eu prometo que mesmo não te merecendo,
sou capaz de trocar o mundo pelo teu olhar.
nada do que você já viu ou sentiu
é igual ao lugar da minha alma, pra onde vou te levar.

eu compreendo os caminhos por onde andou
e sei que dói a desilusão de um amor
que desencantou. mas por que você não deixa eu te mostrar
que comigo não vai ser igual? tudo bem,eu posso esperar.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

final.

começar é sempre o mais difícil.
se tenho tanto pra falar, desabafar,
o que há de tão importante
que possa ser o início do acabar?

as palavras que escrevo nesse bilhete,
mesmo rasuradas de lágrimas,
são pra te levar pra frente,
dar-se conta do que fez com a gente.

agora o que posso fazer é seguir,
aprender a andar sem você pra me guiar.
me preocupo com os caminhos escuros
que teus atos fazem trilhar.

guarde em você tudo que fora bom.
guarde em você da minha voz o tom.
e, espero que um dia possa se lembrar
em meio a solidão, da proteção do meu olhar.

todo começo tem um final.
uma letra maiúscula, e um ponto para acabar.
o sol se pôs, e eu deito pensando em você,
e me questiono se ainda pensa em mim.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

quem sou eu?

não divague a respeito de mim.
não me trate como tratam a mim.
eu sou mais do que podem prever
eu sou mais do que todos podem ver.

de frase em frase construo alguém
que nunca fui, e na qual me tornei.
é que tu sabes, teus olhos não mentem.
é que tu sabes que sou diferente.

não tente questionar a minha razão.
não tente pisar no meu coração.
um campo minado, minado de nada,
eu nado em busca de empunhar a espada.

quem sou eu?
um filho de deus.
um aprendiz da vida.
um quase-tudo
de nada que você
nunca conheceu.

trítono

é inconsequencia de mim mesmo
essa mania de buscar o ópio.
talvez um vício de solidão,
ou a ânsia de um assunto sem razão.

toco notas em teclas pretas e brancas,
conseguintes aos meus olhos e minha alma.
acompanham os meus dedos as lembranças
de tudo que ignorara ao passar.

revelei meu interior e minha negação.
um trítono carregado de tensão, sem resolução.
que diabos acontece comigo?
eu busco, toda vez, fugir do meu abrigo.

notas que te apertam a alma.
esmagam sua mente como nada.
dias que escurecem em vão.
céus que te estendem a mão.
nesse meu-eu de nada,
nesse teu-eu tão são.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

lembrando você.

é, pra longe se foi,
e junto não me levou,
correndo pra outro lugar,
onde não vou poder te olhar.

o quanto vai demorar
pra mim poder te abraçar
eu sei. mas temo
que você esqueça de se lembrar.

as nossas mensagens, e os nossos olhares
me mostram que temes igual.
e dentro do peito meu, desenfreada bate
a tua consolação.

nesses versos tão iguais (e tão superficiais),
dentro deste clichê que qualquer um pode escrever.
eu digo que não há como não se lembrar
de quem não se deixa esquecer.