sexta-feira, 7 de agosto de 2009

compulsão.

já se torna incontrolável a vontade do desabafo. o papel é o único companheiro de todas as horas: fiel, escuta o que você tem para falar, e te faz se sentir melhor. acontece que me bate uma angústia a cada vez que ouço a relatividade. e as órbitas passam ligeiras em meu rosto. lembro-me da brisa fresca do bucolismo, e prostro-me de joelhos diante do nada, pois bem sei que órbitas não vem em agradáveis. por quê?! por que o ontem me parece ter se passado há anos-luz atrás?! o passado não deveria existir. não nessas ocasiões. ele só me serve para ensinar através do erro. pois lembraças não me vem. estou tão fraco e tão horrorizado diante de tal enfim que não tenho forças para pensar. besteira?! talvez para você. mas a minha vaziês é tão vazia, quanto um copo d'água bebida. eu fiz de tudo, venci o ódio, odiei a vitória. magoei frases feitas ao fazê-las. para quê? no fim, início. e o início, tornou-se fim. tornou-se? acho que sempre fora. ou aínda, nunca fora nada. ser não é assim. ser é existir. existência. nem sei mais o que é isso, há tanto tempo eu não existo, que existir é uma ilusão de uma alma faminta que não encontra alimento.

(mzc)

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