segunda-feira, 28 de março de 2011

sou rir tu'alma.

ah, essas palavras que vieram,
acariciando meus ouvidos.
retornam ao meu coração
a compaixão da alma do vir e ser.

em si-nônimos, luz a esmo.
em travessas de reação.
o casamento por ser o mesmo
desde aqui desta canção.

é doce a perdição.
é sal pro meu sabor.
é luz pra mediocracia,
é, entre tanta dor, estar são.

essa cena contracena com teu-meu.
essa voz que brilha em peito teu.
trucida minha'alma e(m)levação,
alegriada paz do caos da folia-canção.

sou rir por te ver aqui.
sou riso por folião em ti.
amigos da arte e por si.
amantes distantes, quimeras sinceras, abraços, retalhos de amor.
alegriada paz do caos dessa folia, minh'alma é tu'alma sabor.

sexta-feira, 25 de março de 2011

mas afinal, quem somos nós?

estava eu aqui, tomando um mate em companhia de uma velha amiga: a solidão. ah, essa sim é verdadeira, nunca me abandonou. fica de lição: até a solidão tem o seu valor. a solidão é a companhia de si mesmo. tempo de auto conhecimento a esmo. porém, CUIDADO! auto conhecimento em excesso faz mal! leva a morte por intoxicação de você. por isso a gente nasce com cordão umbilical, é a bula da gente. nunca deixe sua independência criar asas que quebrem. nesse contexto, eu diria que nunca seremos independentes. somos eternos prisioneiros das próprias grades. ninguém é sincero consigo mesmo. ou seja, todo mundo é uma cópia de algum outro alguém que não é sincero. ou seja, um vai copiar o outro, que vai copiar o primeiro. pra não se prender em seu próprio mundinho. isso explica o amor: se prender no outro. sendo assim, a gente até pode se desprender do amor, mas algo do outro sempre vai ficar. e é essa a construção de nós mesmos. a nossa personalidade não é nossa, mas é um pedacinho de cada um que passa em nossas vidas!


(adaptado de conversa via twitter com Jean Pedro Betiatto - @jp_something)

sexta-feira, 18 de março de 2011

auto-retrato.

assopram palavras, ruinam o castelo
cartas voam e organizam o caos
não há nada que se possa fazer
se o tempo passa e as coisas mudam de lugar.

é de amor e lágrima, morte e viver
que se escolhe o que quer ser.
ninguém é certo de estar aqui,
cada um é a bagunça que faz de si.

amontoam dissonantes maléficos.
escurecem as linhas de quim-eras.
constroem e desconstroem o bom-senso.
é de si que se é mais propenso.

almas de poesia, agentes de viver.
constroem-se de si sem ventos frios.
catam brisas, ventilam sonhos,
dom quixotam cartas marcadas de entrelinhas.


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*baseado em trechos e conversas de Glenda Varotto.

doce.

em sonhos de um sonho-a-dor,
de longe o verbo é incerto.
sem verba de ir, e um doce ficar,
só pra te descobrir, escondida em claves.

a pauta da distância
apalpa em mí fá sí-na nossa
arte de convir com o belo
com o vir de um sinje-elo.

de um doce sonho cê vem,
como borboleta que antes voa,
pousa em repouso da minha tenção,
desperta trejeitos minha atenção.

segunda-feira, 14 de março de 2011

sonho.

é o avesso da tristeza,
a beleza de uma dor.
capaz de atravessar montanhas,
vales e cidades através do teu calor.

é confuso o escuro do meio dia
em dia que não há uma entrelinha pra te ler.
é a hora mais feliz da minha via,
quando o dia acaba e eu levo você.

é puro, fraternal e genioso.
é um laço não de sangue, é irmã ter.
eu considero tanto que um "eu te amo"
já não é suficiente pra dizer.

sábado, 12 de março de 2011

popeno. (segundo ato)

de leve presença
levando meu presente em prosa
eu peno, e em pena, canto em verso
que te trago nos olhos uma rosa.

inspiração que não existe.
vem do nada e em mim insiste
pra versar-te em tortos traços,
tecendo, enfim, os nossos braços.

de abraços e misericórdias,
e risos, alegrias e cordas.
pula, canta, fala, ri.
mas chora. molha de versos teu chão.

quando o branco rosto e rubros lábios
encarnam de falar, versar e cantar.
a criança desta alma nasce, como do ventre
de uma mente, que em poesia fala sem pensar.

quarta-feira, 9 de março de 2011

sonhar, sonhar e sonhar (até virar realidade).

vou mergulhar na poesia.
fechar os olhos e sonhar-te em vida.
viver o sonho e te ver comigo.
seguir trilhando esse mesmo caminho.

despenco elevando-me em outros planos.
morro do mundo, pra nascer em sonhos.
sonho um sonho de um sonhador.
e sonho que um dia, te tenha comigo.

é claro, minh'alma clama por ti.
a chama clareia almando em mim.
um mundo inteiro se for verdade.
sonho e sonho e sonho, até meu sonho?
até sonhar-te em realidade.

segunda-feira, 7 de março de 2011

popeno.

música é vida.
canto pro ar entrar em harmonias.
e ponho de canto a dissonância.
entre pausas e cadências,
difícil pautar cadê minha alegria.
ela está em todo o lugar.