ah, que semana negra. que ano desviado. que dias inúteis. eu digo, maldito dia que conhecia tamanha perfeição. porque mesmo a maior perfeição esconde dentro de si uma podridão, uma mesquinhês do tamanho da primeira. pois é. e, eu, acreditando em minha alegria, me julguei mais esperto que uma criança, que me dizia de notas. um violão na mão, um sorriso no rosto, e uma inocência nos olhos: cada nota tem um som que não é seu.
facada às cegas no coração.
uma calha d'agua suja. é isso que me vem a mente. um coração que quer ser imensamente amado. mas não consegue amansar o passado. e a tua imensa mente se enche de culpa. se fez música a nota que não é sua. não sei porque digo isto, se a minha raiva consome minha mente tanto quanto teu desprezo consome meu coração. até porque a nota não sua se faz dissonância explícita dos harmônicos dos meus dias. atonal é tua euforia. lamentável a tua conduta. perfeitos são teus olhos. os dias de garupa. eu te amo. tu me desprezas. amas o desprezo. desprezo que desprezo.
cuidado. ele pode te cegar.
não seria a primeira vez que abririas mão de ti para correr aos braços da solidão. feche teus ouvidos para o resto. ouça apenas a tua nota. é triste isso, mas cada nota tem um som que não é seu.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
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