terça-feira, 23 de novembro de 2010

um dia errado.

acordei num dia fora dos calendários. um dia negativo. um mês inexistente. uma vida subsentida. sentido claro de derrota. antes mesmo de ir a luta. é claro, um dia como esse se torna comum na vida de um homem apaixonado. ouço harmonias lamuriosas, e exponho o incerto pesar da vida. até ontem andávamos lado a lado. mão a mão. coração a coração. o que, de tão errado, rompeu teu sono e roubou teu amor? o que tem tanto poder contrário a felicidade de amar? enjoaste de minhas carícias antes mesmo de minha mão tocar sua face e meus lábios fecharem seus olhos. cheio de sofreguidão, ando sozinho por um beco mal iluminado, lágrimas nos olhos, olhos ao chão, mãos nos bolsos. - deus, sou tão errado assim? - é certo que, por teus olhos me proponho a rios de escárnio. mas, depois de tanto penar, preciso de um mínimo de compaixão. PENA QUE SEJA. apenas te preciso. te anseio. te amo. ânsia de vida. é o que tenho. mas o simples fato de por ti ter me apegado já é sinônimo de morte. o beco escurece. o céu some. até a lua, fiel companheira de solidão, corre ao lado contrário de minha vaziês. me diga: o que queres da vida? te decide e me dê sinais claros. não é mais suportável te enxergar em meus olhos cada vez que me reflito no espelho. e refletindo da vida, me pergunto: até onde vai? amo, e amo forte. mas quão forte é a sua vontade de querer minhas forças?

Um comentário:

Matheus disse...

Aposto que as 'harmonias lamuriosas' eram tangos...
:X