quarta-feira, 17 de novembro de 2010

acordes da vida.

hoje, as palavras me vieram. e, ao contrário do comum do escárnio massacrante das veias, hoje elas colorem sons. do que sinto, esqueço, e ressinto o que lembro em outro ressinto onde era amar. sinto energia paralela àquela que me sorri os olhos. braços que acaloriam meu passar de séculos ao sorrir para a vida: amigos. grandes, pequenos, cheios ou vazios. não especifico. apenas por pacifício. e no ofício de escrever dos sentimentos, ignoro a tristeza de sofrer. e passo a erguer a bandeira do amor. brava mente, subo colinas, montes e invejas para falar deles! é bom, é satisfação, é prazer. ah, já lhe falei de música? é, amigos são notas. terças maiores que na quarta, lhe fazem pensar na tensão da quinta e, num diminuto, te levam a uma explosão de cores harmônicas que te repousam. aqueles que chegam, juntam-se, sorriem, e brincam de viver a sua vida, sorrir seu sorriso, e beber de sua poesia. que lhe fazem acreditar que suas palavras tecem algum sentido, e que sentem o quanto isso lhe é vital. vitorioso, também, é notar que ao juntar-se, as notas formam acordes. todavia, por toda via, de soslaio ou encarado, são maiores. mesmo que as vezes menores. maiores que a (falta de) vida. maiores que tudo que há para ser inimaginável. e, sim, amigos são a partitura mais linda do mundo. o prelúdio, o ayre, e o gran finalle. a ópera mais alta que o Monteverdi. toda sinfonia, toda aventura, todo amor. amigos são... amigos.

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