ouço passos que caminham sob um céu de pedras,
que pesa em minha consciência e me traz rancor.
minha alma chora sobre um chão que pesa,
e tudo que mais quero é aliviar a pressão da dor.
antes de falar, já nem penso.
não tenho mais força para tal.
busco, desesperadamente um recomeço
que comece de quando éramos sob o mal.
inconstante sentimento de amável ódio.
o paradoxo do tal sentimento que nada sente.
aquele que ninguém nunca ouviu falar,
mas todos já sentiram, mesmo sem explicar.
sei que de minhas rimas já cansaste,
e que delas escorre a minha imagem de fraqueza.
mas tão incerta é a tua perfeita beleza,
que de apenas por perto viver tenho certeza.
não vejo muito sentido no que falo,
mas sentido não é algo que se sente.
mesmo que sentindo que vamos até o talo,
sinto meu coração aprendendo o sentido do carente.
preciso fechar minha boca,
para que meu coração se cale.
mas sinto que, quanto menos penso,
mais o coração desacompanha a mente.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
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