sábado, 16 de abril de 2011

os dois lados da celeste.

me alimento de uns poucos goles de café,
te olho de soslaio com medo que não repares.
podes-me ver, daí de onde se poenta?
podes-me projetar em sonhos, em olhares?

ajoelho-me sob a luz do luar anoitado.
é tão imensa que chega do teu lado.
uma ponte de pensamentos, nosso prognóstico.
sem ser simples. sem ser certo. sem ser lógico.

enlouqueço arqui-tentando possibilidades.
é hora de ceder às vozes que cantam teu nome.
talvez seja doença excesso de você no peito,
caso sim, interne-me no teu mais íntimo leito.

a lua, por vezes cheia, por vezes tímida,
me olha com aquele inocente olhar de menina.
bom, não sei se olha ou se apenas reflete
o olhar que a vê do outro lado da celeste.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito lindo mesmo Mateu!
Você nunc apensou em escrever
um livro de poemas?!.