música é vida. canto pro ar entrar em harmonias. e ponho de canto a dissonância. entre pausas e cadências, difícil pautar cadê minha alegria. ela está em todo o lugar.
- talvez um poeta... talvez um louco!
- muito bem! adivinhaste! só erraste não dizendo que talvez ambas as coisas a um tempo. [...] minha história?! escutai: o passado é um túmulo! perguntai ao sepulcro a história do cadáver! ele guarda o segredo... dir-vos-á apenas que tem no seio um corpo que se corrompe! lereis sobre a lousa um nome, e não mais!
[...]
- calai-vos, malditos! a imortalidade da alma!? [...] e então não duvidaste que ele não era morto, que aquele peito e aquela fronte iam palpitar de novo, aquelas pálpebras iam abrir-se, que era apenas o ópio do sono que emudecia aquele homem? imortalidade da alma! e por que também não sonhara das flores, a das brisas, a dos perfumes? oh! mil vezes não! a alma não é, como a lua, sempre moça, nua e bela em sua virgindade eterna!
(álvares de azevedo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário