sexta-feira, 25 de março de 2011

mas afinal, quem somos nós?

estava eu aqui, tomando um mate em companhia de uma velha amiga: a solidão. ah, essa sim é verdadeira, nunca me abandonou. fica de lição: até a solidão tem o seu valor. a solidão é a companhia de si mesmo. tempo de auto conhecimento a esmo. porém, CUIDADO! auto conhecimento em excesso faz mal! leva a morte por intoxicação de você. por isso a gente nasce com cordão umbilical, é a bula da gente. nunca deixe sua independência criar asas que quebrem. nesse contexto, eu diria que nunca seremos independentes. somos eternos prisioneiros das próprias grades. ninguém é sincero consigo mesmo. ou seja, todo mundo é uma cópia de algum outro alguém que não é sincero. ou seja, um vai copiar o outro, que vai copiar o primeiro. pra não se prender em seu próprio mundinho. isso explica o amor: se prender no outro. sendo assim, a gente até pode se desprender do amor, mas algo do outro sempre vai ficar. e é essa a construção de nós mesmos. a nossa personalidade não é nossa, mas é um pedacinho de cada um que passa em nossas vidas!


(adaptado de conversa via twitter com Jean Pedro Betiatto - @jp_something)

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