sexta-feira, 27 de outubro de 2017

reflexo

eu vejo cá embaixo
do fundo da perdição

olho cada traço
e escorro ao pegar em tua mão

me afogo em mim mesmo
no fundo desse escuro

e tu, que voas solene,
será que olhas ao chão?

nem maré, nem minhas ondas
nada supera teu pouso

borda a letra na voz
e embaixo eu me acanho

borboleta veloz,
pousando em meu mundo langanho,

borbulha uma algoz
dos tempos de estio em que estanho





Nenhum comentário: