passaram-se os anos,
e ainda és a mais bela.
perturbam-se os outros,
e ainda me és a quimera.
ah, meu amor, minha criança...
voltei para cá, de cabeça baixa,
o anjo que canto, o perdão que peço,
pelos anos que não foram, sem nada de causa.
te fui o contrário, te fui sem pudor.
me eras os olhos, me eras calor.
te fui o escuro, te fui solidão,
me eras o claro, me eras o dois.
e agora que voltas pro meu olhar,
e agora apareces, me vendo cantar.
que eu possa trazer-te, aqui nosso mar,
que eu possa agora, por ti velejar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário