terça-feira, 24 de abril de 2012

pare!

isso é um assalto!
exijo que cales a boca!
mas deixo que ponhas minhas mãos ao alto,
e que deites meu corpo no teu asfalto.

feche os olhos!
não tens o direito de meu rosto fitar!
apenas eu peço para, sim, revidar,
selar todo beijo que vou te roubar.

esqueças do mundo!
não importam dilúvios, quimeras, quiquoprós.
de agora só olhes para o teu ladrão,
que, transeúnte de almas, se prosta em teu chão.

te roubo mil beijos, abraços, clichês.
te faço refém e aumento teu preço.
te passo meus braços sobre teus abraços.
te faço o além e te prendo em meus laços.

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