sábado, 19 de novembro de 2011

vai.

vai, já te pedi, é só dizer...
não temas a dor que causar,
de fato, prefiro me arder,
do que não ter no que acreditar.

denovo, mais uma vez,
outrora me destes um bem,
deveras estavas também,
do outro lado da ponte.

me deves um não sem porém.
é visto em teu fundo de alma
que não trazes sequer um vintém
de tudo que dizes na calma.

vai, fala de uma vez,
não podes se esconder de mim,
se mesmo no calor do teu sim,
congelas o certo do não.

pareces que nem aí tem clarão.
não só no fundo da imaginação,
me fazer pensar outra vez,
sobre o que me procede tua tez.

me digas, por vez, dessa vez,
preferes viver de ilusão,
enrolar quem segura tua mão,
e que morre por dentro? talvez.

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