terça-feira, 13 de setembro de 2011

descalma.

preciso me desconhecer!
tenho andado num caos interno,
numa refração de sentidos,
num mar de rostos lívidos.

alias, o coração é quem anda negro,
se confundindo com os astros lá do alto!
pesando mais do que qualquer coisa,
curvando ainda mais as minhas costas.

curvando todo meu ser,
me levando a fazer a curva!
parar de correr de pés descalços,
e voltar a andar pela calçada.

chega dessa vida podre,
chega desvalor da alma.
já não bastasse a falta arbitrária,
agora me falta também a calma.

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