mesmo que eu não quisesse,
hoje era dia desapego.
manhã nua, sol que esfria,
som que aperta, esmaga.
já era perto das duas,
e não havia mais nada.
apenas saudades tuas,
antes mesmo da partida.
te olhava daquela janela.
te olhava certo na alma.
a água que esvaía
do teu rosto, ao passo que ia.
foi um movimento,
foi o tempo de um passo,
e todas as teorias
caíram por terra.
me vi escravo
da tua quimera.
e o tempo, mesmo que miséria,
eternizava o que se era.
se foi, pra longe, de novo.
e enquanto se foi,
pensava que não ia.
pensava eu, aqui,
no como seria.
domingo, 31 de março de 2013
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