sábado, 8 de outubro de 2011

pleno.

ando por aí, perdido em becos e ruas.
leio poucas linhas de um livro antigo, no escuro.
talvez o peito corroa de saudades tuas,
estranho, mas ontem era tudo tão obscuro...

obsoleto ser que trama tratados conosco.
negro caminho que a gente insiste em seguir.
cair no mesmo precipício todas as vezes,
amar pra desamar, sempre que conseguir.

um tolo uma vez disse que amar é ruim,
que apenas mata a alma e nos mata aos poucos.
verdade é a dor que trazes a mim,
mentira é dizer que amor é para loucos.

se eu corro, se eu caio, se eu amo,
desamo, retraio e discorro.
é simples, é como um pedido a si mesmo, socorro!
só ama quem sofre em nome do outro.

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