sexta-feira, 20 de março de 2009

intransponível.

- saí dali com uma angústia nauseante, que me retorcia do estômago à garganta, sem nenhum pudor. meu coração pesava mais que minha preocupação. ver-te em tal estado me repugnava, me trazia um misto de tristeza e raiva. sim; pela primeira vez, raiva mistou-se com meu amor. meu pensamento transitava em órbitas distantes, ora com peso na consciência, ora com esperança do entendimento. mas entender é ilusão. certas coisas apenas se vivem, compreensão é detalhe. seria tão mais agradável o diálogo, as confissões, para que esconder? "prometo sempre te relatar meus mais profundos e íntimos medos, sensações!" e agora?! aonde estão as palavras? bom, eu não sei, procuro em memórias, em nossa história. do que sei é que o amor me é grande. e minha coragem para derrubar tudo que atentar contra nós, é aínda maior. eu te quero bem. eu nos quero bem. e faço o que for pra te ter aqui, meu amor. apenas me deixe saber de seu coração, de sua alma, de seu escárnio, pois sofro junto à ti. sofro de sua dor. alegro de sua alegria. eu estou em você. e você é um pedaço de mim.
(mzc)

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