até podes me chamar de bobo!
até podes me falar que não!
desculpa, se eu falo em descasos,
é por não conhecer ilusão.
me falas que nada que digo
é real, que me falo pra baixo.
é que em cima de todo poeta,
se põe par de olhos amados.
não digo que sou dos piores,
mas digo-te não dos melhores.
os outros encontram as palavras,
de ti, só me resta calar-me.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
seresta.
vou lhe contar de uma!
das tais era a que calava,
das mil, de pouco se punha,
não viu, que o mundo sambava!
do que valeu toda dança?
do que adiantou o gingado?
se o compasso do meu samba
estava com pés tão parados?
mas logo depois da folia,
depois que a noite morreu,
me vem sorrindo tão lindo.
um dia que o amor renasceu.
das tais era a que calava,
das mil, de pouco se punha,
não viu, que o mundo sambava!
do que valeu toda dança?
do que adiantou o gingado?
se o compasso do meu samba
estava com pés tão parados?
mas logo depois da folia,
depois que a noite morreu,
me vem sorrindo tão lindo.
um dia que o amor renasceu.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
jéssica.
ele era desses que corria o tempo!
sacudia as cordas do violão por tudo!
era de bossa e pouca prosa,
simples e tanto de versos mil!
ela era amiga, irmã e confidente!
dessas que pensam e arquitetam!
que ventura desfeita quando apressavam
as vias de sangue dos sonhos mais belos!
fez samba, fez dramas, fez até poesia.
mas fez, acima de tudo, correr a sua vida.
ela nem viu, nem entendeu, desteve o prazer
e ele chorou, pensou só em perder.
talvez nada houvesse e era tudo uma cria
da imaginação de uma vida vazia.
mas um sem o outro já não mais se via,
de alma e de pactos, irmãos de valia.
sacudia as cordas do violão por tudo!
era de bossa e pouca prosa,
simples e tanto de versos mil!
ela era amiga, irmã e confidente!
dessas que pensam e arquitetam!
que ventura desfeita quando apressavam
as vias de sangue dos sonhos mais belos!
fez samba, fez dramas, fez até poesia.
mas fez, acima de tudo, correr a sua vida.
ela nem viu, nem entendeu, desteve o prazer
e ele chorou, pensou só em perder.
talvez nada houvesse e era tudo uma cria
da imaginação de uma vida vazia.
mas um sem o outro já não mais se via,
de alma e de pactos, irmãos de valia.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
tropical
já passa das duas,
e a vida continua.
mas não, não é a de ontem,
a tristeza errante.
talvez por um dia,
talvez por mil eras.
de livre me falo,
e a alma liberta.
nem tudo vai certo,
como não pode de ser.
mas todo o incerto
me causa prazer.
de cada pequena quimera
que cruza o horizonte do dia,
de cada flecha que o samba melodia,
inalo o movimento, embalo da via.
vai, meu irmão.
o avesso do avesso.
e os desafinados de coração.
fecha os olhos,
escarra nessa boca
que te beija,
liga o rádio e pega a estrada.
e a vida continua.
mas não, não é a de ontem,
a tristeza errante.
talvez por um dia,
talvez por mil eras.
de livre me falo,
e a alma liberta.
nem tudo vai certo,
como não pode de ser.
mas todo o incerto
me causa prazer.
de cada pequena quimera
que cruza o horizonte do dia,
de cada flecha que o samba melodia,
inalo o movimento, embalo da via.
vai, meu irmão.
o avesso do avesso.
e os desafinados de coração.
fecha os olhos,
escarra nessa boca
que te beija,
liga o rádio e pega a estrada.
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